Informativo
Posições de Soldagem conforme NBR 10474, ASME IX, ISO 6947, NEN-EN 287
Uma das variáveis que afetam a soldagem, principalmente no que diz respeito a dificuldade de execução da mesma pelo soldador é a posição de soldagem.
A norma brasileira que define as posições de soldagem é a NBR 10474. Porém existem ainda outras normas que definem as posições de soldagem em outros países. A NBR é baseada no sistema americano (ASME/AWS)
Ela define que as posições de soldagem como sendo: Plana, horizontal, Sobrecabeça e Vertical.
Porem, para definirmos uma posição de soldagem, ainda precisamos saber o tipo de solda que será feita, podendo ser solda em chanfro (Representado pela letra G de Groove) ou em ângulo (representado pela letra F de Fillet).
Portando a posição de soldagem é dada por um número mais uma letra. Onde o número varia de 1 a 6 6 de acordo com a posição, e consequentemente quanto maior o número maior a dificuldade de se efetuar a soldagem.
A letra pode ser G para juntas em chanfro ou F para juntas em Ângulo.
A figura abaixo mostra cada uma das posições de soldagem de acordo com as diferentes normas:
Terminologia de soldagem conforme NBR 10474
Seguem os significados dos termos utilizados nas operações de soldagem, de acordo com a norma NBR 10474. Estas são as definições oficiais definidas pela ABNT.
Abertura da raiz: separação entre os membros a serem unidos na raiz da junta.
Ângulo do bisel: ângulo formado entre a borda preparada do componente e um plano perpendicular à superfície deste componente.
Ângulo do chanfro: ângulo integral entre as bordas preparadas dos componentes.
Bisel: borda do componente a ser soldado, preparada de forma angular.
Face da raiz: parte da face do chanfro adjacente à raiz da junta.
Ângulo de arraste: ângulo de deslocamento quando o eletrodo está apontando para a direção oposta à da progressão da solda.
Ângulo de avanço:ângulo de deslocamento quando o eletrodo está apontando para a direção da progressão da solda.
Ângulo de deslocamento (para chapas): ângulo que o eletrodo faz com linha de referência perpendicular ao eixo.
Ângulo de deslocamento (para tubos): ângulo formado entre o eletrodo e a linha de referência tangente do tubo, no plano comum ao eixo da solda.
Ângulo de trabalho (para chapas): ângulo formado entre o eletrodo e a superfície do metal de base, no plano perpendicular ao eixo da solda.
Ângulo de trabalho ( para tubos): ângulo formado entre o eletrodo e a linha tangente do tubo, no plano comum ao eixo da solda.
Progressão da solda: sentido em que se executa a soldagem ao longo de uma junta, quando esta junta é posicionada na vertical, a progressão pode ser ascendente ou descendente.
camada: deposição de um ou mais passes consecutivos dispostos lado a lado.
cobrejunta: material colocado na parte posterior da junta a ser soldada, para suportar o metal fundido, durante a soldagem.
passes de solda: progressão simples de uma operação de soldagem ou revestimento. O resultado de um passe é um cordão de solda.
Chanfro: abertura devidamente preparada, na superfície de uma peça ou entre dois componentes, para conter a solda. Os principais tipos de chanfro são:
- J
- duplo J
- U
- duplo U
- V
- X
- meio V
- K
- reto
Face do chanfro: superfície de um componente preparada previamente, para conter a solda.
Face de fusão: superfície do metal de base a ser fundida durante a soldagem.
Linha de fusão: interface entre a zona de fusão e o metal de base.
Metal de base: material a ser soldado, brasado ou cortado.
Metal de solda: região fundida durante a soldagem.
Zona afetada pelo calor: região do metal de base que não foi fundida durante a soldagem, mas cujas microestruturas e propriedades mecânicas foram alteradas devido ao calor de soldagem.
Zona de fusão: área fundida do metal de base, determinada sobre a seção transversal da solda.
Junta: região onde duas ou mais peças são unidas por soldagem, podendo ser a aresta, de topo, de ângulo e sobreposta.
Passe de solda estreito: passe realizado sem movimento oscilatório apreciável.
Passe de solda oscilante: passe realizado com oscilação transversal.
Perna de solda: distância mínima da raiz da junta até a margem da solda em ângulo.
Solda longitudinal: solda paralela ao sentido de um tubo ou no sentido do comprimento de determinada peça.
Solda transversal: solda perpendicular ao sentido do comprimento de uma peça. No caso de tubos, denomina-se solda circunferencial.
Solda de tampão: solda executada em um furo, circular ou não, localizado em uma das superfícies de uma junta sobreposta ou em T, que une um componente a outro. As paredes do furo podem ser paralelas ou não, e o furo pode ser parcial ou totalmente preenchido com solda.
Solda em cadeia: solda descontínua, executada em ambos os lados de uma junta de ângulo, composta por cordões igualmente espaçados, de modo que um trecho dos cordões se oponha ao outro.
Reforço de solda: material depositado em excesso, além do necessário para preencher a junta.
Solda em chanfro: solda executada em uma junta, com bisel previamente preparado.
Solda em escalão: solda descontínua, executada em junta de ângulo, geralmente em T, composta por cordões igualmente espaçados, de modo que um trecho dos cordões, se oponha a uma parte não soldada.
Solda por pontos: solda executada entre ou sobre componentes sobrepostos, cuja fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície externa de um dos componentes. A seção transversal da solda no plano da junta é aproximadamente circular.